O Universo BDSM e o Parque (revisado)
NOTA >>> Neste ponto da minha vida, já havia passado por algumas experiências... e experimentado a realidade de possuir submissas encoleiradas. Frequentava o meio comparecendo em festas, reuniões e outros eventos temáticos e em alguns desses encontros, fazia cenas públicas de Dominação... Tudo sempre regado a deliciosas conversas sobre filosofia BDSM com os amigos.
Este foi o primeiro texto de conteúdo “não pessoal” postado no “Diário de um Dominador” e nele coloquei a visão que tinha sobre o universo BDSM. “O Universo BDSM e o Parque” não é um texto que represente tudo o que penso atualmente, mas ao revisitá-lo, percebi que, em vários conceitos, permanece atual.
Foi no texto abaixo que disse pela primeira vez “é sempre bom lembrar que... tudo que escrevo é minha opinião, minha visão sobre as coisas baseada na minha história de vida. Não é uma verdade absoluta, apenas a minha verdade”, pois nessa época, muitos colocavam as suas verdades como absolutas e pensavam que eu fazia o mesmo.
Assim, mesmo que alguma coisa seja de fato absoluta, por fazer parte dos fundamentos do BDSM (como a hierarquia e o respeito ao São, Seguro e Consensual) e portanto, válida para todos que desejam se relacionar dentro desse universo ou beber de suas práticas e comportamentos, sempre fiz questão de deixar claro que é, até no fundamental, a minha maneira de ver esse universo.
Outra coisa importante é que, nessa época, ainda não compreendia o potencial do universo BDSM como uma forma de se relacionar afetivamente. Ou seja, acreditava que o indivíduo vivia no “Mundo Baunilha” e ia para o “Universo BDSM”, a fim de vivenciar sua natureza Dominante ou submissa.
Muito embora seja um raciocínio ainda válido para aqueles que vivem “como e quando podem”, visitando e vivendo o BDSM na medida em que sua realidade permite, acabei revendo duas questões dentro desta lógica.
A primeira foi o próprio significado do termo “Mundo Baunilha”... que deixou de representar o nosso mundo de relações humanas como um todo, para se referir tão somente às relações afetivas caracterizadas por “ficar, namorar, noivar, casar e ter amantes”, excluindo-se as relações familiares, profissionais, de amizade etc.
A segunda é que o BDSM, muito mais do que um “parque de diversões”, é um universo de relações afetivas, para pessoas que se alimentam de HIERARQUIA. Dependendo da conexão e do comprometimento entre as partes e do nível de poder transferido pelo submisso e aceito pelo Dominante, as relações podem ser de “Dominador/dominado” (em vários níveis) ou de “Possuidor/posse” (relações 24/7), a qual equivaleria ao casamento, guardadas e respeitadas as devidas diferenças entre os universos BDSM e Baunilha.
PUBLICADO: 08/11/2007 | REVISADO: 16/01/2018
E é sempre bom lembrar que... tudo que escrevo é minha opinião, minha visão sobre as coisas baseada na minha história de vida. Não é uma verdade absoluta, apenas a minha verdade.
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Gostei deste texto.
ResponderExcluirEssa comparação do Universo BDSM, com um Parque de Diversões faz sentido pra mim.
Flores e respeitos
de {myrah}_ALDO
E a Masmorra? Sai ou nã sai?
Esse texto só faz sentido para quem está no BDSM pelos motivos certos e também para quem tem Q.I. de no mínimo 2 dígitos.
ResponderExcluirAlgumas toupeiras conseguiram entender que com esse texto eu estava afirmando que o BDSM era brincadeira. Bom, o que me alivia é que não escrevi para eles. Escrevi para pessoas como você.
A masmorra ainda está na fase de projeto... espero sinceramente que vire realidade.
G.M.
tá uma delícia o teu blog!
ResponderExcluirbeijos,
carol
Serei te sincerro que conheci seu blog por meio de uma amiga que me indicou por servir de referência a ela por n motivos. E confesso não estar surpreso, pois imaginava o que iria encontrar e sim satisfeito por ver que muito daquilo que eu mesmo penso se funde com sua experiência e percepções. A ti sou grato por expandir ainda mais meus pensamentos e me fazer compreender e de certo evoluir ainda mais.
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