Publicado em 03/03/2007
NOTA DO AUTORSurpreendentemente nessa época foram as perguntas pessoais, onde os leitores (leitoras na maioria das perguntas) queriam saber coisas que iam muito além da minha filosofia.
Esta é uma que sempre foi recorrente e neste texto tentei fazer um resumo de como funcionava para mim a escolha de uma parceira.
Vale ressaltar o destaque para os meus problemas com proximidade de pessoas que desde sempre me assombraram (e ainda assombram).
É algo muito difícil de ser explicado, pois não é por uma simples questão de seletividade. Apesar de gostar de conversar e de ter gente por perto, esse “por perto” não é junto.
Sou muito difícil de conviver e quem quer se aproximar, ainda hoje sente que não é algo fácil, mas o espírito desse texto permanece muito atual, ficando diferente apenas na parte de que se a aproximação já era difícil, agora beira o impossível.
Pergunta de leitor: Como o Sr. escolhe suas submissas? O que mais interfere na sua escolha, a personalidade ou o aspecto físico da mulher?
Já passei por vários estágios evolutivos na minha estrada de Dominador.
No começo, eu caçava. Como ainda não sabia da existência de um meio BDSM, quando eu queria brincar, tinha que recrutar uma baunilha (mulher que só vivia relações convencionais).
Depois que cheguei ao meio BDSM anos atrás, comecei a construir a minha história e reputação e de lá para cá fui mudando, ou melhor, evoluindo.
Parei de ser um caçador, sem deixar de ser um predador, ou seja, continuo gostando de carne, mas simplesmente não preciso me mover para me alimentar.
Atualmente entra na conta outro fator... o da qualidade. Como existe uma grande oferta, posso escolher dentre as que querem se aproximar, as que reúnem as melhores qualidades.
Sou um indivíduo que tem problemas com a proximidade de seres humanos de baixa qualidade. Meu nível de preconceito é alto em relação a pessoas pobres de espírito e sem noção. Algo que me transformou num ser extremamente seletivo.
Meu comportamento é muito diferente, comparado com o da maioria. Não me interesso facilmente por quem quer que seja e me desapego muito rápido se a pessoa não demonstra valor ou deixa de apresentar comportamento submisso.
Se eu acredito que o verdadeiro BDSM é composto de hierarquia e verdade, não serei hipócrita em dizer que o aspecto físico não é levado em conta.
Sou designer por profissão, gosto do que é belo e acho a beleza essencial, mas também acho que essa mesma beleza é relativa e que está nos olhos de quem a vê.
Gosto de pessoas bonitas a minha volta.
Não que eu seja grande coisa, mas me esforço um bocado para me manter em forma. Não fumo, bebo menos que socialmente, mantenho um bom nível de atividade física e me alimento muito bem.
Apesar dos cabelos já grisalhos, ainda surpreendo muita gente quando falo a minha idade. Isso é bom e faz um bem enorme ao meu ego, que sempre agradece penhoradamente.
Em relação à escolha em si, esta acontece na etapa de consolidação da permanência, que vem depois da aproximação, do qual sempre digo que é muito fácil.
Não há problemas com a aproximação, desde que seja respeitosa e educada. Também não tenho problemas com pessoas que queiram me conhecer.
Sou muito abordado em festas temáticas, assim como virtualmente pelos sites de relacionamento e meu Blog, recebendo a todos com carinho, procuro responder às perguntas na medida da minha disponibilidade.
Não permito que qualquer um passe desse ponto.
Permanecer próximo a mim, é bem mais complicado. Se caso eu perceber que a pessoa quer muito e eu achar que tem algum potencial, vou dar mais atenção. Não acredito em relações instantâneas do tipo “amor à primeira vista”.
Em um primeiro momento, podemos ter um alinhamento extraordinário dos fatores que julgo básicos para uma interação física.
Se ficar interessado, automaticamente vou verificar três alinhamentos, que são: compatibilidade intelecto-cultural, atração física e efeito Dominação/submissão.
No caso do alinhamento tríplice, a conquista da amizade e respeito passa a ser secundária, pois o fogo e a fúria terminam ultrapassando um pouco as questões de lógica e bom senso dando condições para uma boa brincadeira.
A verdade é que não existe uma receita ou roteiro para escolher uma submissa... pelo menos não para a mim.
Tem um pouco de tudo, em maior ou menor proporção. Ser bonita, bem cuidada e ter um corpo forte para aguentar uma boa pegada são pontos positivos. Bom nível de autoestima, inteligência e cultura aumentam a pontuação e as chances da pretendente.
Agora, retidão de caráter, vocação para submissão (tanto rebelde, quanto passiva) e firmeza no propósito de me servir, são fatores essenciais.
Enfim para a brincadeira virar coisa séria e uma relação de Dominação/submissão funcional se formar, é necessária a conquista da amizade e do meu respeito... coisas que terminam sendo o grande filtro que derruba quem tem pressa.
GLADIUS MAXIMUS
COMO ESCOLHO AS MINHAS PARCEIRAS?
Reviewed by Gladius
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abril 25, 2021
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Este comentário foi removido por um administrador do blog.
ResponderExcluirNossa muito interessante quando fala de se mesmo parece ser quase impossível de se ter kkk muito instigante
ResponderExcluirHum interessante
ResponderExcluirInteressante perspectiva auto-pessoal!
ResponderExcluirDe alguns poucos anos que frequento e pratico o BDSM, sempre vi o Senhor como um Alguém totalmente seletivo, como dito, e perspicaz. Sem dar a impressão de 'jogar confete'... Sempre tive vontade e curiosidade de ver cenas e/ou palestras do Senhor em eventos, mas nunca de fato, me coloquei de prontidão para ir, por também achar o Senhor intrigante e algo além de qualquer referência que eu tenha tido contato. Enfim, a vontade e a curiosidade até o momento não foram maiores que o 'merecimento', por assim dizer, de conhecê-lo.
Sou seletivo... mas não sou inalcançável.
ExcluirQualquer um que queira me conhecer vai acabar conseguindo.
Numa aproximação educada e respeitosa em qualquer evento que eu venha a comparecer, num café marcado ou até numa simples abordagem pelo Email ou messenger do FaceBook, quem chegar, vai ser muito bem recebido.
Gosto muito de conhecer gente nova... Gosto muito de um bom papo (principalmente sobre BDSM).
Então, se quer me conhecer, é só chegar.
A parte fácil é a de se aproximar.
Não sou apenas seletivo. Gosto de pessoas por perto... Mas não muito perto.
Tenho certo problema em me relacionar afetivamente. Tenho amigos... Poucos... Com mais de trinta anos de amizade... Que vejo a cada dois ou três meses, alguns com intervalo de anos.
Diariamente, apenas minha mãe e o meu filho. De resto, apenas oportunamente, quando precisam de mim.
Mais do que da solidão, gosto muito da minha própria companhia. Então, a verdade é que sobra pouco espaço para seres humanos a minha volta.
E mais, essa coisa de querer ficar perto, tem que ter um motivo. Seres humanos nunca fazem nada sem um bom estímulo, uma boa razão. E se agrupam invariavelmente, por terem interesses comuns.
Isso, em especial, faz com que pessoas dos mais variados tipos queiram se manter por perto, já que afinidades dentro de um universo específico da sexualidade são algo que de fato agrupa pessoas. E a razão é muito simples: quando gostamos de coisas que são muito diferentes do que o de toda uma maioria, a tendência é que busquemos outros com os mesmos interesses, pois isso traz uma sensação de normalidade.
Outras pessoas chegam com o objetivo de querer mais do que a amizade... Estes... Senhor... merecem perdão, pois não sabem o que fazem.
A parte difícil é ficar.
O "ficar" por perto, envolve a conquista da minha amizade e assim como reputação, confiança e o respeito, a amizade é algo que se constrói com tempo, atitudes e principalmente com ideias correspondendo aos fatos.
A maioria retumbante de quem se aproxima não consegue ficar por vários motivos. Não ter a consistência ou valor necessários para agregar e manter a minha atenção são os mais comuns, mas o principal é a falta de paciência no processo complexo que é a construção de uma amizade.
Nesse ponto, assim como vem, se vão.
Alguns poucos perseveram e conseguem um lugar "por perto". Pessoas especiais, que cuido com carinho e a quem me mantenho "por perto".
E para quem quer ir além, o filtro de passar pela conquista da amizade (e da confiança e do respeito) é bem eficiente, no que tange peneirar da massa que se aproxima pessoas realmente especiais e de valor.
Pessoas especiais, que tem a firmeza de propósito de viver BDSM e, principalmente, de me servir, vindo a fazer parte do meu "patrimônio", com certeza terão a minha atenção para mostrar a que vieram.
A partir daí, é fluxo.
Não existe nenhuma garantia de que vou colher esta flor bem próxima, pois é nesse exato momento que deixo o instinto assumir.
Sou feito de três partes. Ordem, caos e coração. Max, Gladius e JM. O diplomata, o guerreiro e o pai. Conquistando os primeiros dois, a interação BDSM é garantida.
Ao conquistar o terceiro, a posse e o Elo BDSM acontecem.
Comentário gerador da postagem "Aproximação 2"
http://www.gladiusbdsm.com/2016/02/aproximacao-2.html
Sr. Gladius.
ResponderExcluirÉ possível um dominador se interessar por uma mulher casada, querendo ela como sua submissa?
Daria certo uma relação de Dom com essa mulher?
Digo isso porque acontece comigo, não me entreguei a este Mestre, por receio e medo.
Sempre fui curiosa e conheço mundo BDSM á muito tempo mais por medo e não saber me direcionar eu deixei essa vontade minha guardada, me casei por amor mas desde sempre sinto como se faltasse algo e esse algo eu sei bem oque é. Minhas vontades e anseios sempre foram me sentir sendo dominada amarrada subjugada Senhor.
Mas não tive alguem para que pudesse me direcionar e acabei trancando esse meu desejo.
Este mestre conheci por um acaso rolou uma quimica muito forte mas eu não sabia que ele era Dom, trocamos muitos emails até que entramos em uma conversa sobre BDSM e ele me disse que se encantou pelo meu jeito e doçura, que eu tenho uma passividade no olhar que daria uma perfeita submissa. Meu companheiro não gosta de BDSM meu relacionamento é somente baunilha,mas sempre me questiono.
Teria isso uma real verdade ou somente um fetiche masculino.
Senhor Gladius teria como um Dom ter uma relação como uma mulher casada?
Sim... um dominante pode se relacionar com uma pessoa casada e esse tipo de relação pode dar certo.
ResponderExcluirIsso se daria em duas situações:
1. A parte submissa faz parte de um casamento aberto, onde as partes concordem em ter relações fora da sua relação (em geral desde que não interfiram com o casamento em si).
2. A parte submissa faz isso de forma secreta, vivendo a sua natureza sem que o seu parceiro desconfie.
Simplificando, diferença entre as duas é que na primeira as coisas acontecem as claras e na segunda, não.
Tanto num caso quanto no outro, o que vai definir se essa interação vai acontecer é a simples aceitação por parte de quem domina em relação a situação da parte submissa.
Já se vai ou não dar certo, não existe como saber.