' Exclusividade no BDSM - DIÁRIO DE UM DOMINADOR - GLADIUS | BDSM, Fetiches e Relacionamentos

Exclusividade no BDSM

Já vi coisas muito bizarras e outras absolutamente hilárias. Um das raras ocasiões onde as duas coisas se juntam é na maneira como algumas mocinhas submissas teimam em utilizar essa palavra, buscando adequá-la aos seus valores distorcidos (no caso de relacionamentos BDSM). 

É realmente muito engraçado vê-las escreverem em seu perfil “escrava exclusiva de D. Fulano”, apenas com a intenção de dizer que é a única escrava do indivíduo (sem comentário quanto a isso). 

Então, para colocar os pingos nos “is”, vamos analisar a exclusividade sob a ótica BDSM, começando pelo significado do termo no dicionário Houaiss:
exclusividade
■ substantivo feminino 
1    qualidade ou caráter de exclusivo 
2    direito exclusivo para vender um produto dentro de uma determinada área e/ou determinado período de tempo 

exclusivo
■ adjetivo 
1    que exclui, que elimina; que tem poder para excluir 
2    que é privado ou restrito 
Ex.: elevador para uso e. do juiz 
3    que não é compatível com coisa alguma 
4    que, por privilégio, pertence a alguém 

Portanto, levando-se em conta que o meio BDSM é formado por objetos e indivíduos que gostam de possuí-los e usá-los, um Dominante nunca será exclusivo de um submisso pelo simples fato de que, por uma questão de fundamento, um Dominante jamais pertencerá à um submisso. 

O submisso que se ofende com esse conceito de ser um objeto tem que rever os seus conceitos e tendências, pois para um Dominante BDSM, submissos ou submissos são objetos. E o raciocínio é muito simples... se eu possuo um carro, ele me pertence e não o contrário. Da mesma forma que não é da conta do meu carro a relação que  tenho com a minha moto.

Por outro lado, um Dominante poderá escolher, em algum período de sua vida, ter apenas uma posse ou mesmo nenhuma, interagindo apenas com “play partners”. Mas é preciso ter em mente que a escolha é sempre do Dominante e este terá quantos brinquedos puder ter / manter / der conta / merecer, desenvolvendo com cada um o tipo de relação que achar mais conveniente. Portanto, o Top poderá andar só de carro, de moto ou até mesmo a pé, quando, como e quantas vezes quiser ou convier... E tal prerrogativa sempre será Dele. Assim, quem chega desejando no fundo uma relação baunilha apimentada, corre o risco de encontrar uma muralha à sua frente e se decepcionar durante o processo. Um top de verdade não se submeterá ao submisso e nem deixará de lado os relacionamentos já existentes para agradá-lo ou para torná-lo seu objeto mais importante.

Sendo assim, observa-se uma total falta de coerência dentro de uma relação BDSM a utilização destes termos por parte dos submissos. Caso o “Top” tenha acatado tal condição, tolos são os que acreditam que estão diante de um Dominante verdadeiro. É bom lembrar que, se você realmente procura um Dominante, um que se curva desde o início às condições impostas pelo objeto, está começando muito mal...

Nesse sentido, é  fácil confundir (de forma muito conveniente) a questão desta pretensa exclusividade com a área de negociação dos limites. E esse papinho de “Irmã de Coleira pra mim é limite” cheira mais aos valores baunilha de quem quer ter um Dono só para si... e cheira muito mal, pois os que possuem alguma coisa na relação são os Donos. Se você pertence, pertence e fim... não tem que ficar se preocupando com os outros brinquedos do seu proprietário e sim em ser um brinquedo divertido e de valor... para ser usado sempre. Se quer ser a única, pare de fazer onda e supra todas as necessidades de seu proprietário, se puder (isto é uma ironia, claro...). 

Este tipo de “limite” mostra o quanto o pretenso brinquedo ainda está carregado de valores baunilhas e também o seu desejo em ter um  “Dono” só para si. Se quer ser o único ou não tem condições para entrar nesse jogo, é melhor repensar seus valores e desejos e continuar no mundo baunilha, se for o caso.Ou ainda, poderá encontrar alguém que finge que domina... e você poderá fingir que se submete. Não estou dizendo que neste caso não poderão ter um relacionamento maravilhoso e se divertirem no processo, só não diga que é uma relação BDSM.

Aliás, é o que mais acontece. A grande maioria dos que se julgam submissos ou escravos sonham apenas com a “pegada BDSM”... e não com a entrega verdadeira. De resto, querem tudo que uma relação baunilha oferece, incluindo a questão da “exclusividade”, ainda que esta ocorra tão somente no mundo das aparências. Errado? Claro que não, mas isso já acontece em outro universo... o do Baunilha apimentado.  É a velha questão de dar nome a coisas que já têm nome, já acontecem em outros universos e com outros tipos de pessoas.

Para ser sincero, eu nunca vi (e olha que já vivi muita coisa nessa vida) um homem de verdade, desses que são o sonho de consumo de grandes mulheres, ser fiel dentro de suas relações. Digo fiel no sentido da realidade utópica que as “chapeuzinhos vermelhos perdidas na floresta” sonham. E se no mundo baunilha a monogamia não existe na prática, por que alguém acreditaria que ela ocorreria justamente no universo BDSM, onde as coisas precisam ser de verdade para que funcionem bem?

Não considero como Dominantes verdadeiros os que se submetem às vontades ou pressões de qualquer tipo de submisso que almeje ser único. Acredito que se isso acontece, estes estão procurando pela pessoa errada para terem um tipo de relação que, como disse, já tem nome em outro universo. Assim, o lugar onde as mulheres acreditam que podem ser únicas na vida de homens dominantes é o mundo baunilha. De fato, os homens (em sua maioria) não são monogâmicos... e hoje em dia, nem as mulheres. 

Voltando ao dicionário e focando especificamente no que interessa a este texto, temos que exclusivo é algo “que é privado ou restrito e que, por privilégio, pertence a alguém”. Assim, um submisso pode ser exclusivo ou não. E a diferença entre uma coisa e outra é bem simples. Ou seja, uma posse exclusiva é aquela que pertence à um só proprietário (ou mesmo um grupo). 

Em essência, uma posse exclusiva é tão somente aquela que seu(s) proprietário(s) não emprestam e ponto final. Qualquer outra conotação não passa do mais puro “blá, blá, blá”. 

GLADIUS MAXIMUS

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Exclusividade no BDSM Exclusividade no BDSM Reviewed by Gladius on março 18, 2011 Rating: 5

29 comentários:

  1. Perfeito post SR.
    Realmente este texto deveria ser uma leitura obrigatória a todas as moças que desejam entrar no BDSM, para tentar diminuir casos como estes, onde a sub deseja impor as regras.

    Parabéns.
    Meus respeitos.

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  2. Gladius, esse post merece ser absolutamente aplaudido! Obrigada por compartilhar seus pensamentos. Beijos.

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  3. gostei muito do seu texto, concordo com isso, tbm acho idiotice se rotular exclusiva, mesmo pq não é ético ter mais de um DOM ao mesmo tempo, então obviamente, todas somos exclusivas de alguém e não o contrário. Mas a maioria erra ao dizer isso, como o SR disse, querendo dizer que é a única. Mas eu conheço "DOMINADORES" que tem até medo de conversar, pq dizem que sua cadela "morde". Como se ser amigo fosse pecado.
    Quem molda a sub é o "DOM". Fazer o que se tem gente que não segue a liturgia.

    petbeijos...

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  4. Boa tarde!

    É com muito prazer que o Mestre K@ e todas nós, suas escravas, damos a este blog um selo de qualidade pelo ótimo conteúdo aqui disponibilizado. Parabéns.
    O selo está disponível em nosso blog (no lado direito da tela): www.reinodeka.blogspot.com

    Beijos da kathy { K@ }

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  5. Anônimo18.3.11

    Maravilhoso texto que de fato, deveria ser obrigatoriamente a primeira leitura quando as mocinhas resolvem ser submissas.
    Concordo com todas as suas palavras.
    Estou colocando o link deste texto em meu blog e orkut, para ue seja bem difundido.
    Têm muitas pessoas que confundem tudo e quem sofre com isso, são os verdadeiros praticantes do BDSM.
    Parabéns, Sr.
    Meus respeitos.

    esKrava K do Senhor Cruel_Rio

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  6. O que me atrai, que me desperta a libido, é exatamente ser um objeto.Pertencer.Esse texto fala do entendimento do que é ser um objeto de alguém.Só pode ser dominador quem domina.Só pode ser submisso quem é subjulgado. Excelente texto!

    bjs
    Maria de Sade

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  7. Anônimo18.3.11

    Excelente Caro Amigo,

    o problemas para as sub´s que tem uma relação "baunilha apimentada" é a hora de "virar a chave" para o BDSM. Enternder o conceito é o básico, aceitá-lo sem hipocrisia é que é dicícil para elas. A comparação com o carro e a moto foi fantástica!!! Parabéns!!!
    ZM

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  8. Boa noite Senhor.

    Excelente texto, deveria ser lido todos os dias pelos submissos. Somos "produtos" do meio baunilha, em que a exclusividade de ambos em uma relação é "obrigatória", mas a medida que entendemos a essência do BDSM, percebemos que isso será prazeroso a nós, pois estaremos fazendo feliz nosso Dominador e confesso que até é bem excitante em termos sexuais, saber que nosso Dom dá "conta",de mais de uma. Mas aí é que reside um problema ..."Mas é preciso ter em mente que a escolha é sempre do Dominante e este terá quantos brinquedos puder ter / manter / der conta / merecer,". Tem Dom que não consegue "abastecer" nem um veículo e quer adquirir uma frota.

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  9. Boa noite Sr
    esta de parabens com este texto.....isso é um pouco que muita gente precisa saber ....esta de parabens....saudaçoes ao Sr

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  10. Bom texto mas infelizmente dentro de nós mulheres tem aquela visão utópica de termos um dono exclusivo ou no mundo baunilha um namorado só nosso. Isso é uma característica feminina. Mas o nosso lado submisso nos coloca na posição de obedecer regras imposta pelo universo do BDSM. O foco do texto é muito bom e oportuno para entendimento principalmente para mim uma simples inciante. Que bom, Senhor ter voltado a engrandecer o universo com sua experiência de dominador. É muito bom ler postagem de dons sérios, como o Senhor porque o meio está infectado de pseudo donos que procedem com verdadeiros tiranos que mal sabem o que e BDSM.

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  11. Desprendimento que ainda não tenho...e que talvez NUNCA tenha!! Mas acho bonito quem age dessa forma e é feliz.
    Ótimo texto, parabéns.

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  12. Texto claro e direto! Mais um link que indicarei como subsídio à maneira que penso!

    Abraço!

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  13. Se a(o) botton desejar realmente viver uma relação BDSM terá que ser totalmente submissa(o) a seu pretenso Dono(a) e não inverter os papéis criando regras Dizer-se propriedade exclusiva existe um grande risco de passar atestado de ingenuidade para não dizer de burrice pois bem sabemos que são raríssimos o Donos que tem apenas uma escrava Muito bom e tambem muito esclarecedor seu texto Senhor principalmente para aqueles(as) que estão se iniciando no meio Parabens pelo blog,respeitosas saudações gilliana

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  14. Anônimo20.3.11

    Belo Post!
    Se eu tivesse lido esse seu post quando comecei a namorar com o BDSM,eu me sentiria esbofeteada.
    Nossa ! foi duro pra mim entender essa dinâmica.
    Claro, resquícios do mundo baunilha.
    Hoje, entendo cada linha do seu post e bato palmas pela clareza como se expressou.
    Não vou ser hipócrita de dizer que superei os ciúmes do Dono
    Minha natureza ciumenta acaba sendo uma armadilha pra mim mesma e meu Dono explora isso de forma refinada.
    Mas eu engulo resignada este sentimento que me ronda o tempo todo.
    Saudações SM

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  15. Fernanda21.3.11

    Gostei do seu texto. Reforça outros tantos que já escreveu.
    Gosto muitíssimo das suas teorias. E, para mim, essa forma de ver o mundo é bastante intrigante. Mas, como toda teoria em relações humanas, é apenas um guia para a prática. Considerando isso, tenho uma dúvida em relação a um trecho do seu texto que diz "...poderá encontrar alguém que finge que domina... e você poderá fingir que se submete. ... só não diga que é uma relação BDSM."
    Nem todas as relações BDSM tratam a relação D/s com tanta intensidade. Existem relações que o SM é mais intenso, deixando um pouco de lado a questão da dominação, abrindo mão de aspectos que a "maioria dos dominadores" não abririam? Isso existe? Nestes casos, não podemos dizer que o Top é um "dominador verdadeiro". Então, você diria que esta não é uma relação BDSM?

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  16. Bom dia sr

    Realmente parabens pelo texto! Simples, direto, obetivo.
    Realmente concordo com a lua, muitas moças que estao entrando deveriam ler ele.

    Saudações

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  17. Esse texto foi o que mais me 'chacoalhou' até agora. Voltei...li mts vezes!!

    .


    Sete beijooos.

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  18. Fico feliz e envaidecido pelos elogios e pelo efeito que este texto causou. Ele cumpre com a principal meta deste Blog que é a de fazer com que os meus leitores pensem... e cheguem às suas próprias conclusões.

    GLADIUS

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  19. Fernanda

    Obrigado pelo seu comentário e quanto a ele em específico tenho a dizer o seguinte:

    Para começar, acho que uma coisa deve ficar bem clara, para que não se confunda no processo. Em nenhum lugar no meu Blog você encontrará teorias. Pelo menos não aquelas cujo significado possa conduzir a um entendimento de que aquilo que escrevo neste espaço é de conteúdo meramente especulativo, construção imaginária, utopia, sonho ou fantasia.

    No Blog, falo sim de teorias, mas estas estão relacionadas a um conjunto regras ou leis, mais ou menos sistematizadas, aplicadas a uma área específica ou, no significado que mais gosto, conhecimento sistemático, fundamentado em observações empíricas e/ou postulados racionais, voltado para a formulação de leis e categorias gerais que permitam a ordenação, a classificação minuciosa e, eventualmente, a transformação dos fatos e das realidades da natureza (todas as descrições foram retiradas do dicionário Houaiss no UOL).

    Entenda menina, aqui eu escrevo sobre o que vivi e vi acontecer a minha volta. Tudo o que postulo vai muito além de ser um simples guia para a prática. Jamais tive a intenção, muito menos a pretensão, de escrever qualquer coisa que guie ou conduza a quem quer que seja a fazer qualquer tipo de coisa.

    O objetivo do meu Blog é o de sacudir as pessoas e provocar algo que dói muito, mas que é necessário para aqueles que realmente desejam fazer esta transição entre o mundo baunilha e os universos superiores. Contribuindo também para a sua evolução enquanto ser humano... Como citei no post Dimensões, acredito que todas as respostas estão dentro de nós mesmos.

    Para isso uso o resultado de experiências reais. Tudo o que você encontra no meu Blog é vida real. Verdade... do tipo mais puro e simples... por isso dói. Mas entenda... não escrevo verdades absolutas... escrevo as MINHAS verdades. Falo das coisas observadas pelo meu ponto de vista... e só.

    Agora repare na frase citada: "...poderá encontrar alguém que finge que domina... e você poderá fingir que se submete. ... só não diga que é uma relação BDSM."

    Percebeu que usei o verbo fingir?

    Acredito firmemente, baseado no que vivi e vi até agora, que a dimensão do universo BDSM só ocorre quando e se tudo que estiver acontecendo, for de verdade. Não acho possível a existência de BDSM com os artifícios que mantém o mundo baunilha inteiro, ou seja, fingimento, hipocrisia, mentiras, conformismo, entre outros.

    Em uma das definições de base que uso, falo que o Universo BDSM ocorre na existência de HIERARQUIA na relação. Basta que uma das partes, sejam lá quantas forem, esteja no comando, que a partir daí já existe BDSM. Então, seja uma relação Dominador/dominado, onde basta que um esteja dominando o outro, sem necessidade alguma de qualquer profundidade, até uma relação Possuidor/posse, onde quem pertence, pertence de verdade, tudo é BDSM... e ponto.

    Qualquer coisa fora disso existe em outro universo e tem outro nome.

    Enfim, para existir uma relação BDSM não é necessário nem intensidade, nem liturgia, muito menos de “aspectos”... é essencial que exista apenas verdade e alguém no controle... o resto é aperfeiçoamento ou perfumaria.

    GLADIUS

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  20. Sr. Gladius,

    Li e reli e acredite deu uma sacudida nessa submissa q vive com a cabeça fervilhando. Tem momentos q sao tantos pode e não pode q fico zonza, erro, me perco. Já não sei quantas vezes me peguei imaginando se estou agindo corretamente.
    Vou indicar o seu texto no meu blog.

    Meus respeitos

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  21. Esse texto deveria ser obrigatório a todas aquelas que estão adentrando ao
    meio, porque a cada dia a coisa anda mais bagunçada...como diz meu Senhor:
    O poste anda mijando no cachorro!

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  22. Anônimo19.7.19

    Texto excelente... Mas tenho uma dúvida alheia a este tema, mas que minhas pesquisas não responderam. Sissi foi uma imperatriz do Império austro-húngaro. Por qual motivo seu apelido foi escolhido para a prática de colocar o parceiro como uma empregadinha? Pode responder em um de seus vídeos do YouTube? Beijos em ti e na Águia. Com muita admiração, Natasha Boa Fortuna.

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    1. Sem entrar no mérito do significado do termo "sissy", pesquisei a sua origem e não achei referência alguma a pessoa que cita, logo, não vejo a necessidade de comentar isso no meu canal do Youtube. Mesmo assim, obrigado pela colaboração.

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  23. Anônimo19.7.19

    Ah... sou eu, Natasha de novo. Eu esqueci uma coisa. Já li que a Sissi nem sempre é uma empregadinha, mas o homem vestido de mulher. Só que... daí, qual a diferença para o homem que pratica Cross dresser?

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    1. Fora do BDSM, no geral, Sissy é um dos termos serve para descrever o homem efeminado e Cross Dresser, é o indivíduo que, sem ser necessariamente homossexual, gosta de se vestir de mulher.
      O termo Sissy no BDSM o seu significado aponta especificamente para o indivíduo que se submete pelas mãos de um parceiro dominante (normalmente uma mulher) a feminização "forçada".
      Nas maioria das descrições que todo o processo tem a ver com a humilhação pelo uso de indumentária feminina, sendo opção a roupa de empregadinha (incluindo o comportamento) uma opção.

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    2. Eu não consigo ver isso como algo que vem para acrescentar na vida de um sub(a)..E sim algo aonde e humilha e discrimatorio ..acho que o BDSM não prega isso ..E sim a liberdade e poder viver suas fantasias ...E acredito que o BDSM e PR trazer prazer para ambos os lados e não só o dominador ...afinal e algo consensual ...tem que ser bom para os dois ..E acredito que quando alguém mostra o livro de liturgia escrito por alguém verdadeiramente vivido o BDSM antigo ..sem ser os atuais ..Eu penso em que o BDSM e tortura e abusos ...

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    3. Quando se fala em BDSM litúrgico não se deve entender que existe apenas uma liturgia e sim que a pessoa segue uma série de protocolos que se encaixam com o seu próprio perfil. O que deve ser comum a todos se resume a entender que BDSM é um jogo de poder limitados pelos parâmetros do S.S.C. (Segurança, Sanidade e Consensualidade). Isso foi o que eu aprendi com os que vieram antes de mim e que depois de avaliado e posto a prova, fez todo o sentido. Tortura e abusos reais só ocorrem em relações sem S.S.C e isso as exclui do universo BDSM.

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  24. Boa noite!

    Li seu texto e achei fantástico, mas me gerou dúvidas. Como por exemplo, dizer que não existe relação "exclusiva" por parte da submissa, tendo em vista que somos objetos a serem usados. Concordo com a parte do objeto e serventia opcional que temos. Mas é considerado errado, (por parte da submissa informar a vontade, ou por parte do dom aceitar) ser uma relação "exclusiva" quando previamente combinada? Por exemplo, atualmente converso com algumas pessoas, já tive sessões reais, mais ainda não encontrei um dom pra me ter como posse real. Mas quando me perguntam sobre eu aceitar ter uma irmã de coleira, minha resposta é clara, NÃO SEI. Já ouvi que sou mais flexível do que a maioria das subs que não aceitam essa possibilidade de cara. Mas sou honesta com minhas vontades, isso teria que ser conversado, mas não tenho restrição alguma em cenas ou sessões com outra sub, dentro disso se ficassemos acordados, teriamos uma relação onde o dono pode ter tudo que quiser, comigo e outras, desde que fosse pré combinado entre nós. Com muito respeito e segurança. Essa forma de pensar é uma forma equivocada tbm, ou por ser algo pre estabelecido seria algo aceitável ao teu ponto de vista?
    Entendo que o poder está com o dono. Mas entendo tbm que nos subs que damos esse poder a ele, quando decidimos fazer a entrega ao mesmo. Dessa forma, temos obrigação de cuidar e zelar, para que todas as vontades do dono (já pre estabelecidas de acordo com o limite de cada um) sejam atendidas. Mas em contra partida, o dono para manter a sub sobre seu poder, ele precisa além de incitar o prazer da sub, cuidar e zelar dela. Sendo assim, o bem estar emocional não se encaixa nisso? E aí a questão do que for combinado pros dois não seria errado, (digo isso pela colocação que fizeste, onde diz que não considera um dominador alguém que se sujeita as imposições da sub como essa). Não sei se estou realmente sendo equivocada no meu ponto de vista, mas como li em outro comentário e inclusive hoje comentei com um dom, por mais que a entrega seja real e sincera, existem instintos da mulher que muitas vzs não se calam. E o da monogamia, ciúmes e etc, acredito ser o mais forte.

    Achei bem interessante teu blog, conheci hoje. E vou ler muito mais, pois vi que ainda tenho muito pra aprender, inclusive questões como essa do post.

    Grata pelos ensinamentos valiosos.
    Aguardo retorno.
    Boa noite.

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    1. Tudo que é combinado não sai caro, diz um velho ditado. O fato é que em uma relação de Dominação/submissão, as regras são do dominante e que este deve deixá-las absolutamente claras para a parte que pretende se submeter.

      O que resta à parte que se submete é concordar com estas regras ou simplesmente buscar outro dominante com regras que se alinhem com as suas necessidade e instintos.

      Óbvio que as relações humanas são dinâmicas da mesma forma que assim o são os seres humanos e ao longo do tempo, se faz necessária uma manutenção que resolva ocasionais desalinhamentos de expectativas.

      O ato de zelar pela relação cabe a ambas as partes e o que não pode é a insistência em se forçar ou forçar o outro a ser algo diferente do que se é.

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