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Só que em um determinado momento, a conjuntura geral motiva a uma atualização de grande magnitude. Mais do que uma atualização é uma evolução onde são revistos todos os fundamentos. E com tudo novo o programa ganha a nova versão 2.0... e o ciclo recomeça.
Só que em um determinado momento, a conjuntura geral motiva a uma atualização de grande magnitude. Mais do que uma atualização é uma evolução onde são revistos todos os fundamentos. E com tudo novo o programa ganha a nova versão 2.0... e o ciclo recomeça.
O que é feito para reduzir ao máximo o número desses erros, existe um procedimento comum que é a distribuição de uma cópia do software para ser testado por usuários em geral. É chamada de Versão Beta.
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Esses três parágrafos introdutórios serviram como exemplo para criar um paralelo ao que acontece com alguns seres humanos ou pelo menos o que acontece comigo.
Passei por algumas mudanças de versão na minha vida de Dominador BDSM. No momento que digito este texto estou atravessando a terceira correção de rumo da minha sexta versão, ou seja, sou um Dom 6.3.
Esses três parágrafos introdutórios serviram como exemplo para criar um paralelo ao que acontece com alguns seres humanos ou pelo menos o que acontece comigo.
Passei por algumas mudanças de versão na minha vida de Dominador BDSM. No momento que digito este texto estou atravessando a terceira correção de rumo da minha sexta versão, ou seja, sou um Dom 6.3.
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O objetivo aqui é fazer um balanço do meu caminho até aqui, mostrar às pessoas uma maneira de abordar e avaliar suas próprias trajetórias. Também de transmitir as minhas últimas conclusões de fundamentos pessoais aos fiéis seguidores deste Blog (todos os 22).
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O objetivo aqui é fazer um balanço do meu caminho até aqui, mostrar às pessoas uma maneira de abordar e avaliar suas próprias trajetórias. Também de transmitir as minhas últimas conclusões de fundamentos pessoais aos fiéis seguidores deste Blog (todos os 22).
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Aqui vou me ater apenas às mudanças de versões, pois se colocasse as correções entre versões, mataria meus 22 seguidores de tédio, pois seria um rol de erros que deixaria a lista telefônica parecendo uma boa opção de leitura. Não sou tão sádico assim e não sabendo dos limites dos meus seguidores não eu estaria sendo consensual.
Versão Beta – Muito Prazer
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Meu pai me ensinou muito mais com atitudes do que com palavras, mas uma coisa que sempre dizia me afetou de forma particular. Ele dizia – “o grande segredo da arte de ter prazer é dando prazer”. Isso ficou ressoando na minha mente como um mantra e levei alguns anos para entender isso de forma completa e isso foi se transformando de uma busca sistemática para algo absolutamente necessário e vital. Tão necessário que quando não existe prazer verdadeiro fluindo nada acontece.
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Naquele começo frenético da minha adolescência, observei algumas coisas interessantes sobre mulheres que acabaram sendo confirmadas ao longo do tempo. Enquanto o orgasmo masculino é muito mais físico do que mental, o das mulheres é o inverso. Enquanto os homens nascem com o seu orgasmo já instalado de fábrica, as mulheres têm que aprender como sentir prazer. Ambos têm vantagens e desvantagens. Enquanto os meninos têm uma forma básica e intensa de estimulação, as meninas têm o potencial de sentir prazer de várias maneiras. Homens atingem o orgasmo de um só jeito e as mulheres... nunca vi uma sentir prazer da mesma forma que a outra.
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O prazer do homem é direto e específico e o da mulher tem que ser construído. O homem chega, atropela e fim. Com a mulher, a transa começa quando encontro foi marcado, vai se intensificando com cada pensamento, atinge alguns picos na hora do banho, enquanto se veste e na maquiagem. Quanto mais próximo o momento do encontro, mais intenso tudo vai ficando.
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Outro pico de intensidade na hora do jantar. Na cama, quando os meninos começam a sentir prazer sexual, as meninas já estão no ápice do processo. Se os meninos se dessem conta disso, poderiam promover muito mais intensidade, e se soubessem viver isso, teriam muito mais prazer. Mas na cama, que tem pouca influência sobre o todo no prazer da mulher, os meninos começam a sentir prazer e infelizmente sem perceber, na maioria das vezes terminam antes delas.
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Os meninos sentem prazer de forma linear e as meninas em patamares e é essa informação que passa despercebida por eles. Em sua maioria, os meninos se preocupam com o próprio prazer e as meninas com prazer deles.
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Um bom equilíbrio começaria a se formar se os meninos passassem a se preocupar com o prazer delas e as meninas com o próprio prazer (lembre querida, o deles já vem de fábrica).
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O que eu aprendi com os meus primeiros mentores na vida ficou evidenciado quando passei a me valer do ato de realizar fantasias. Pois já que dar prazer era o caminho e que as mulheres de fato sentiam prazer sexual com a imaginação, juntar uma coisa com a outra foi conseqüência.
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Comecei com isso na adolescência e a seqüência era sempre a mesma (seqüência que não ficou muito diferente com o passar dos anos). Ë composta de um mapeamento físico e mental da parceira. Saber exatamente do que ela gosta em termos de contato físico e com o que ela sonha. Os fatos de que, em sua maioria, elas gostavam de pegada forte no físico e de fantasias relacionadas com invasão e captura e de serem “forçadas”, vieram a se encaixar perfeitamente nas minhas fantasias fundamentais. Eu adorava dar esse tipo de prazer.
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A verdade de que as coisas proibidas são as mais prazerosas, aumenta ainda mais a intensidade da interação e nesse período de adolescente pré-Dom fui muitas coisas para muitas parceiras. Fui o encanador que violenta a cliente, o médico abusando da paciente, o policial interrogando a suspeita, o militar torturando a prisioneira e até o sequestrador que desiste de pedir resgate e resolve fazer a refém de escrava pessoal. Entre tantas outras essas foram as mais pedidas.
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Gostar dessas fantasias, em especial das que envolviam o controle da situação foi o que me levou a pesquisar sobre fetiches mais profundamente ainda na adolescência. A partir dos Fetiches aprendi que existe vários universos ligados a área da sexualidade e interação humana. Entre esses Universos encontrei um em que me encaixava perfeitamente, e descobri aliviado que não era um maluco sociopata, eu era um Dominador.
Versões 1.0 a 5.0
A versão 1.0 foi a minha estréia como Dom, aos 19 anos, quando tive a primeira relação onde a mulher sabia que não ia ser namoradinha. Ela sabia com todas as letras que seria minha escrava.
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A estrada foi longa até a próxima virada. 18 anos se passaram até que eu estivesse pronto para a versão 2.0 que se deu no momento que me senti preparado para conhecer outras pessoas com hábitos e gostos similares aos meus. Foi uma aproximação por uma sala de bate-papo SM e a maioria dos que conheci naquela época ainda são bons e queridos amigos.
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A versão 3.0 se deu quando resolvi experimentar a posse pública. Na época cheguei a ter três escravas encoleiradas simultaneamente. Foi uma experiência interessante, pois a interação entre as três era completa, mas a harmonia bem duvidosa. No mesmo período percebi o quanto uma coleira prendia mais ao Dono do que a posse.
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Na versão 4.0 vivi a minha segunda experiência 24/7 da minha vida. A primeira experiência foi com a mãe do meu herdeiro e essa relação terminou no momento que deixou de ser 24/7 e começou a se transformar num casamento baunilha comum. Essa segunda 24/7 foi diferente, pois diferente da primeira, a escrava já era minha posse e já era do meio BDSM. Nesse período pude fazer a primeira avaliação sobre posse verdadeira e os motivos que levam cada um a estar no “meio” BDSM. Também foi onde percebi a realidade de que uma relação 24/7 pode existir de várias formas segundo o ponto de vista em que é observada.
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Evolui para a versão 5.0 com o fim traumático desta relação que era distorcida por fatores externos ao BDSM e com a retomada de uma relação que era de posse real e pura. Está última foi a responsável por todas as atualizações desta versão e de outras atualizações que se estenderam para todas as áreas da minha vida.
6.0 – O Círculo se Fecha
Depois dessas mudanças de versões e de incontáveis atualizações, cheguei a algumas conclusões que me conduziram a essa última e grande evolução. Observei muito, vivi muito, acertei aqui e ali e errei muito mais. Mas aprendi muito no processo.
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Hoje o que vejo é um grande número de pessoas não fundamentadas brincando de BDSM. Vejo muito despreparo e ignorância. Descobri na pele o que significa ser odiado apenas por existir e fiquei impressionado como essa simples existência incomoda a algumas pessoas.
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Percebi também que acontece no BDSM algo que é padrão em grandes empresas, onde se um empregado se destaca por competência, ele não é premiado. Quando se é competente não se faz nada mais do que a obrigação. O que acontece de fato é que se estabelece um novo patamar de qualidade evidenciando a incompetência dos que estão em volta. Isso gera inimizade e oposição sistemática. Estes por não entenderem coisas que estão acima de sua estreita percepção começam num processo que envolve várias práticas sórdidas a tornar a vida dos destacados um inferno.
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Estas pessoas estão no Jardim de Infância do BDSM e às vezes da vida como um todo. Por isso não entendem. Essas pessoas não enxergam a luz e eu, na passagem para a minha versão 6.0 não me sinto estimulado a ensinar física quântica para esse Jardim de Infância. Não me sinto obrigado a mostrar o caminho a quem não merece. Só me sinto obrigado a transformar um indivíduo em gente, e este é meu filho.
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Nesta mudança de nível percebi também que eu errava quando achava que o Universo BDSM era um lugar. Não é. Na verdade o BDSM é outra dimensão do nosso mundo Baunilha, ou seja, o Universo BDSM não existe de forma física e fixa. Ele se forma em lugares específicos, em situações específicas e apenas para algumas pessoas iluminadas para perceberem quando ocorre.
Quando as condições necessárias ocorrem e se alinham se forma uma espécie de bolha, um portal para o BDSM que já foi descrito para mim pelo meu bom amigo Mestre Gian como “Um momento perfeito no tempo”.
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Na minha vida esses momentos ocorreram em vários lugares. Às vezes num clube temático, outras num restaurante e sempre em alcova e plays fechadas. Quando esse portal se abria em um lugar público, apenas os verdadeiros e iluminados o percebiam. Se existia uma platéia desqualificada, está acabava por interferir no equilíbrio e o momento BDSM se esvaziava.
Na minha vida esses momentos ocorreram em vários lugares. Às vezes num clube temático, outras num restaurante e sempre em alcova e plays fechadas. Quando esse portal se abria em um lugar público, apenas os verdadeiros e iluminados o percebiam. Se existia uma platéia desqualificada, está acabava por interferir no equilíbrio e o momento BDSM se esvaziava.
Hoje sou um Dom 6.3 e já trabalhando na próxima atualização (.4). A grande mudança na plataforma é o fato de que não vivo mais o meu BDSM de forma pública. Já que a minha simples existência incomoda tanto a tantos, vou parar de jogar pérolas a eles e quem quiser se manter próximo vai ter que merecer a minha atenção.
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Por não acreditar em marcas e sinais, não existe mais a figura da coleira dentro da minha liturgia. Não acho mais que a posse verdadeira dependa disso. No balanço geral antes da mudança notei que as minhas posses mais fiéis, verdadeiras e devotas não portaram coleiras e ninguém tinha a menor dúvida de que elas tinham Dono. Isso serviu para duas coisas. Por um lado não fui mais assediado por mulheres pretendiam mostrar que pertenciam a alguém, pessoas que queriam ascender no “meio” BDSM e precisavam de glamour e visibilidade. Por outro, demonstrou que quem ficou e fica comigo, o faz pelos motivos certos.
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Enfim, vou aparecer bem menos e fazer bem mais. Muito mais e com mais qualidade, intensidade, verdade e profundidade. A frase com a qual me descrevo – “Sou a fúria e o fogo, me alimento do terror e do êxtase” – nunca foi tão verdadeira. Eu sou o que sou e isso me basta. Quem tiver coragem e valor que se aproxime. Para saber mais de mim agora vai ter que chegar bem perto.
GLADIUS MAXIMUS
GLADIUS MAXIMUS
Atualizações e Novas Versões
Reviewed by Gladius
on
maio 22, 2009
Rating:
Senhor,
ResponderExcluirMeus cumprimentos pela ousadia em mostrar sentimentos tão intensos e profundos. Refletir sobre si mesmo não é um processo fácil. Mostrar-se é mais difícil ainda. Assumir que cometeu erros, poucos o fazem.
Meu dia ficou ainda melhor depois de ler seu post.
Com respeito,
Joy
Apreciei demais sua escrita, maturidade e o seu olhar curioso e investigativo para vida.
ResponderExcluirPrazer em ler-te.
Se me permite, o acompanharei.